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Carnaval de Joinville movimenta economia na produção do Desfile das Escolas de Samba
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SECOM PMJ -
Para que os dias de Carnaval aconteçam, há muito trabalho nos bastidores, especialmente para o Desfile das Escolas de Samba, com os integrantes das agremiações vivendo uma rotina intensa para montar um grande espetáculo na avenida em 11 de fevereiro. Em toda essa movimentação, há um aspecto menos visível para quem assiste ao Carnaval da plateia: a promoção e geração de renda para a comunidade.
A programação deste ano é realizada por meio de uma parceria entre a Liga das Escolas de Samba de Joinville (Liesj) e a Prefeitura de Joinville, com a administração pública fornecendo apoio para a segurança, logística e divulgação dos eventos, além de estrutura. À Liga das Escolas de Samba cabe a viabilização do desfile, com a organização das agremiações e suporte financeiro.
De acordo com o diretor administrativo da Liga, Gabriel de Paula, foram arrecadados R$ 130 mil por meio de editais de fomento à cultura, além de dinheiro conquistado por meio de eventos e festas realizados pela entidade e por carnês pagos por associados. O valor foi repartido igualmente para as quatro agremiações que participarão do desfile. Como contrapartida, elas precisam atender a critérios artísticos, como levar para a avenida pelo menos 300 componentes e bateria com, no mínimo, 25 ritmistas. Segundo levantamento da Liesj, 400 profissionais são remunerados em todo o processo.
“Há uma cadeia de prestação de serviços que está diretamente ligada ao Carnaval”, afirma Gabriel.
O secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Guilherme Gassenferth, também acredita no Carnaval como promotor de movimentação econômica. Ela existe não apenas na produção das escolas, mas na movimentação gerada pelos eventos.
“O público que vai para assistir consome comida e bebida de ambulantes que colocam seus produtos à venda. Há pessoas que vêm de fora assistir aos festejos e gastam com hospedagem, alimentação e transporte. O turismo e a cultura juntos têm este grande potencial de gerar renda e trabalho para as pessoas da cidade”, argumenta.
Investimentos no bairro e sustentabilidade fazem parte do processo de produção
O aporte financeiro destinado pela Liga é complementado pelas escolas de samba com verbas provenientes de eventos e de parcerias com empresas e entidades privadas. Em algumas, a previsão de investimento neste ano chega a R$ 100 mil em contratação de mão-de-obra para realizar tarefas que vão da costura das fantasias e adereços à manutenção dos carros alegóricos.
É o caso da GRES Unidos do Caldeirão, do bairro Ulysses Guimarães, na zona Sul de Joinville. “Priorizamos a contratação de profissionais dos bairros próximos à escola de samba, que conhecem a tradição da agremiação e que, muitas vezes, estão conosco o resto do ano como voluntários. Contratamos desde costureiras até marceneiros, além de movimentar a economia do bairro com a compra de produtos e materiais nos mercados, padarias e lojas locais”, analisa a presidente da escola, Eliane Silva.
Para a otimização do orçamento, as agremiações também promovem o reaproveitamento de materiais. Tecidos, plumas, adereços, paetês, vestimentas, apetrechos e espuma, entre outros materiais, são guardados ao fim da festa. Elas recebem ainda doações de materiais e alegorias antigas de agremiações do Rio de Janeiro e de São Paulo.
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